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5 segredos para cativar no primeiro minuto da entrevista de emprego

Especialistas em recrutamento adoram fazer analogias com o mundo da publicidade, e com razão. No fundo, o currículo funciona exatamente como um anúncio comercial das suas habilidades, e a melhor forma de se preparar para uma entrevista de emprego é se inspirar em certos conceitos do marketing.

Um dos paralelos mais curiosos é o tempo: tanto numa peça publicitária quanto na etapa presencial de um processo seletivo, os primeiros minutos ou segundos são fundamentais para conquistar a atenção e a simpatia do observador.

A entrevista de emprego é muito curta, o candidato tem mais ou menos uma hora para se fazer conhecer e mostrar a que veio. Cada minuto conta muito para o seu sucesso.

É fato que a primeira impressão nem sempre é a que fica — já que a forma como o recrutador enxerga você pode melhorar ou piorar ao longo do tempo — mas o recado que você passa logo de cara pode determinar os rumos do encontro.

Muito dessa troca imediata é não-verbal. Como você se senta na cadeira? Onde concentra o seu olhar? Qual é a sua expressão facial enquanto fala? Saiba que a postura física do candidato pode influenciar (e muito) as percepções do recrutador a seu respeito.

Mas o que faz alguns profissionais serem cativantes logo no início da entrevista? O maior diferencial de quem rapidamente encanta os recrutadores é a autenticidade. A ‘magia’ acontece quando a pessoa mostra que não está forçando um personagem para convencer a empresa a contratá-la.

Veja outras posturas que abrem qualquer processo seletivo com chave de ouro, segundo os especialistas.

1. Ser capaz de "quebrar o gelo"

A entrevista é um encontro entre dois estranhos que se veem pela primeira vez — o que pode ser bastante constrangedor no início. Por isso, é comum que haja um bate-papo inicial sobre amenidades, como o clima, o trânsito ou algum acontecimento do dia. Um candidato cativante costuma ser hábil nesse ritual de “quebra-gelo”.

Essa conversa de início costuma revelar o repertório cultural do candidato, seu conhecimento geral e sua capacidade de conectar assuntos. Se a pessoa consegue dizer coisas triviais, porém interessantes, a entrevista já começa bem.

2. Saber identificar o estilo do interlocutor (e imitá-lo)

Cada recrutador tem uma personalidade diferente: alguns são mais sisudos e formais, enquanto outros preferem uma abordagem mais coloquial e descontraída. Identificar rapidamente esse estilo, e se adaptar a ele, conta muitos pontos ao seu favor.

Também se dá bem quem consegue moldar seu discurso à formação específica do interlocutor. Se o recrutador vem de RH, de finanças ou do comercial, isso deve estar refletido na sua forma de se dirigir a ele. Quanto mais você calibrar as suas palavras às peculiaridades do outro, maiores são as suas chances de conquistá-lo.

3. Cuidar do visual

A atenção à higiene e ao estilo das roupas tem um impacto maior do que muita gente imagina.

O principal parâmetro para escolher o seu vestuário é a cultura do empregador ao qual você está se apresentando. Não existe certo ou errado: cores, materiais, cortes e estilos devem estar de acordo com os hábitos e valores da empresa em questão. Na dúvida o melhor é apostar em roupas mais sóbrias e clássicas.

4. Fazer perguntas interessantes

A entrevista de emprego não serve apenas para responder aos questionamentos do recrutador — ela também é uma ocasião para sanar as suas dúvidas sobre a empresa e demonstrar o interesse do candidato por ela.

Perguntas inteligentes são sempre bem-vindas. É uma forma de você mostrar que pesquisou bastante sobre o negócio e tem curiosidade sobre ele. Mas é fazer isso de forma equilibrada: questionamentos em excesso podem ser cansativos ou transmitir artificialidade.

5. Ser gentil com todos - Independentemente das hierarquias

O segredo final, tão óbvio quanto verdadeiro, é a cordialidade. O que muita gente esquece é que ela aparece nos detalhes. Candidatos realmente cativantes, afirma Falcão, são aqueles que sorriem de forma sincera, cumprimentam quem encontram, e não tratam pessoas de forma diferente por sua posição na hierarquia social.

Já liguei várias vezes para a recepcionista para saber como o profissional tinha se comportado diante dela, quando chegou ao prédio. Se é grosseiro com ela, não adianta nada ser extremamente educado depois.

FONTE: Revista Exame

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